Objetivos em comum traçaram uma história e multiplicam idéias

Como diziam meus antigos familiares, quando fazemos algo consistente, com determinação e critérios coletivos, em busca de atos saudáveis e produtivos, não se mede o tempo, e sim as conquistas. É isso que relata o livro “Filhos do Fogo”, que inclui a história da Smar. Escrito pelo grande amigo Geraldo Kaiser, este brilhante documentário, foi elaborado e patrocinado pela família Biagi, a quem tenho enorme admiração e respeito.

Assim foi a minha trajetória com o Martinucci, e posteriormente com o saudoso Zamproni, que continuou a manter os sonhos e desafios, e conseqüentemente com Gorini, Liboni e Lorenzato, que depois de algum tempo se uniram a nós.

Lembro-me dos nossos primeiros anos na Smar, quando tínhamos a nítida convicção de trazer para o nosso convívio, pessoas assim como nós, totalmente voltadas ao trabalho coletivo e com total vocação para o mercado, para a satisfação do cliente e de nossos colaboradores. A proposta dos três engenheiros – que futuramente se tornariam meus sócios – foi o pontapé inicial para darmos vida a uma grande parceria, pois havia compatibilidade de sonhos, anseios, projeções e expectativas.

Apesar da falta de recursos, eles tinham objetivos e a vontade de vencer era enorme. A intenção inicial era um projeto para automatizar usinas de açúcar, começando pela moenda, com aumento de 30% da quantidade de cana moída. Através da moenda, vieram ainda outros setores das usinas, o que mais tarde beneficiariam um segmento inteiro, no Brasil e no mundo.

Este era um projeto totalmente voltado para o bem social, que beneficiaria clientes, comunidade, engenheiros e técnicos, o que concretizava nossos objetivos – e não necessito repetir o quanto sou defensor dos técnicos deste país. Era realmente um projeto entusiasta, além de um grande avanço técnico para uma empresa que tinha acabado de nascer. Era tecnologia brasileira desenvolvida por brasileiros.

Hoje, estes projetos estão espalhados pelo mundo, marcando a forte participação da Smar no setor sucroalcooleiro, assim como a conquista de outros segmentos, levando a nossa tecnologia brasileira inclusive para outras empresas, que também usufruíram desta idéia. O mais importante, porém, foi que o setor aderiu à nossa idéia e deu todo o amparo para a empresa, tanto técnico como laboratorial, neste e em outros projetos, que se consagrariam depois.

Hoje com 33 anos de experiência, continuamos com a mesma filosofia, entendendo que os desafios sempre serão imensos, mas que os verdadeiros vencedores serão aqueles que enfrentarem seus problemas com coragem, independente do tamanho que eles tiverem. Apesar dos problemas que enfrentei, dos inconvenientes e da falta de incentivos do país, eu faria tudo de novo. À medida que crescemos em resposta aos desafios tecnológicos nos tornamos mais experiente, e percebemos que nossos ideais e princípios nunca envelhecerão.

Nossa missão como empresa de tecnologia cada vez mais se solidifica. Como resultado da reflexão que faço, não tenho dúvida de que a matéria-prima de uma empresa são seus funcionários, ou melhor, os seres humanos que estão inseridos na comunidade empresarial. Eu me orgulho de ser um sertanezino vindo de um setor que se tornou vitrine para todo o mundo.

Agradeço a todos os nossos colaboradores, pois temos um excelente quadro de profissionais; pessoas talentosas, focadas em suas metas em prol da satisfação de seus clientes e detentoras do conhecimento que nos permite a exploração do futuro e mesmo aos que nos deixaram por razões óbvias de mercado, pois é motivo de orgulho para a Smar poder oferecer, além de tecnologia, profissionais altamente qualificados e treinados por uma empresa de competência mundial.

Mauro Sponchiado - Vice-Presidente